Versos Que Não Fiz

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

VÍCIO


Sim, bebo versos.
Trago letras.
Me embriago desvairadamente
de poema-libertação.

Sorvo mais três xícaras
do puro chá poesia.

Entro em transe com o efeito
desse líquido-sangue-quente.
Vinho venho venha te quero...
É magia...
Meu corpo transmuta
Enlouquece coração
Mente paira sobre mim
Pássaro entorpecido sou
E dessa mistura
de sentimentos-sabores

O poeta se embebeda
E exala poros afora
palavras que enternecem

e corrompem
Poesia é vício...

5 comentários:

Cristiano Melo disse...

Flávia,

Este é um dos melhores que já li até agora. O vício das letras para aplacar tantos outros vícios, ficou suave em sua verve de nuvens ao vento, delicada e sutil.
Simplesmente pura poesia.

beijos e parabéns

Suzana Martins disse...

Bebendo um cigarro, fumando um café
absorvendo letras e rabiscando emoções!!

Vc e sua sensibilidade deliciosa

Beijos

Anônimo disse...

Já diria Baudeleire,

"Embriagai-vos sem tréguas
De vinho, de virtude ou de poesia
A vossa escolha."

Letícia Losekann Coelho disse...

\o/ Uma das melhores que li! Adorei, principalmente o jogo de palavras.
Beijos

Cristian disse...

Olá Flávia,

Lindo poema!

Um narcótico, opióide, entorpecente dos fortes que experimentei. Um caminho sem volta é a sua poesia.
Um psicoativo, um "sossega-leão", um absinto, calmante. Meu vício agora. Minha droga. Seus poemas.

Maravilha seu espaço!

Bjks
Até mais