Versos Que Não Fiz

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

DEIXE IR






Difícil decisão

Mais difícil ainda a coragem de ir em frente

De desescravizar a paixão

Mandar embora o futuro que não veio

Desaparecer com a saudade do que não existirá

Quando se dá conta, não tem volta.

Não por conta própria,

Mas por desejo do destino.

Da sorte dos dados lançados.

Quando se lança no ar, o vento muda a direção:

Sorte que voa do mundo ilusório

Pra realidade irreal.

Foge dos dedos, como água que escorre.

Então: deixe ir.

Deixe partir, deixe viver.

Que vá com o amor na bagagem.

Que encontre a paz pra dividir.

Veja o amor partindo

De forma que te liberte...

Porque amor que não tens, não fica.

Precisa ir. Precisa voar, se lançar.

Fique com a alegria de ter buscado.

Fique com a sensação de dever cumprido:

Se não por completo, ao menos tentado.

Deixe ir, deixe!

Te liberta.

Te encontra com a essência que tens.

Enche o peito de energia

Inspira a luz

E expira essa luz pra que ela alcance

A todos que te cercam.

Enche de amor à tua volta

Porque tu te ama!

Espalha cor ao teu redor.

Paz interior, aura iluminada.

Sê assim!

Então, entenda:

Deixe ir!



6 comentários:

Cristiano Melo disse...

Flávia,

"Deixe ir" o que já não veio, contrapontos que surgem e desaparecem no poema, sobre um sentimento que existe inexistente, toca o intocável, desejar o desejável, mas improvável. E, mesmo com esta sensatez, finaliza com a insensatez de desejar, apaixonadamente, que seja o que talvez seja, uma vez que a realidade é irreal, então:
"Deixa ir". Muito bom este labirinto de letras. Espero que mais pessoas o percorram.
beijos

Dulce Miller disse...

"Amar dói tanto que você volta a lembrar que existe algo maior, você se lembra de Deus, você se lembra de vida após a morte. Amar dói tanto que você fica humilde e olha de verdade para o mundo, mas ao mesmo tempo fica gigante e sente a dor da humanidade inteira. Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria.
Você apela pra todo e qualquer santo, pra cartomante, pra ex-namorado, pra tarólogo, astrólogo, psicólogo, numerólogo, amigo e apela até pra inimigo. Qualquer um, pelo amor de Deus, tire essa dor de mim...deixa ir."

[Tati Bernardi e eu]

CONRADO DALL´IGNA disse...

Flá, como podemos deixar ir embora sentimentos que são mais fortes que a gente?
É simples, e ao mesmo tempo complexo, pois dessa foma estamos aprendendo a viver.
Todos precisamos viver a vida, de forma vomo algumas pessoas nunca farão, devemos sempre sermos positivos para encontrar bondade, encontrar beleza, e principalmente, encontre-me verdade!
A modo como nossos corações batem fazem toda a diferença, pois isso é o que decide se você suportará a dor que nós todos sentimos.
O modo como o seu coração bate faz toda a diferença...
E é assim que se aprende a viver...

Tatiana Kielberman disse...

Flavinha,

Como é difícil mesmo deixar ir embora, né linda? Abandonar crenças antigas, renvoar valores, purificar a alma!

Que bom que você pode escrever sobre isso e libertar essas emoções, para que novos sentimentos possam surgir em seu coração!

Amei!

Ah... coloquei seu blog no meu Twitterfeed! Sempre que você postar, vai divulgar automaticamente!

Beijos!!

Carmen Eugenio disse...

Querida Flavinha!

Desprendimento, desapego...é tudo que precisamos para que o novo se instale em nossas vidas!

Lindo demais e verdadeiro!!!

Beijos!!!

Bruna Crespo disse...

Flavinha, que poema libertador!!!

Eu A-MEI! Às vezes, sem darmos por isso, fechamos os olhos ao aceno de felicidades outras por não "deixar ir" uma... O que fica de tudo são nossos olhares... Linda liberdade me olhou seu poema.


Beijo da amiga-fã!