Versos Que Não Fiz

domingo, 17 de outubro de 2010

MEU CADERNO


É que meus textos são breves, suaves.
Gosto de sussurrar nos ouvidos do meu caderno.
Escrevo com o peso de uma pluma.
Sabe assim: leve e certeiro, procuro o alvo.
O papel em que escrevo levita - essa é a cena que vislumbro.
Voa como uma pomba branca
À espera de palavras que o preencham de cor e de amor.
O caderno vira flor, vira borboleta, vira arco-íris.
Tudo que se puder imaginar
Lá vai estar...
Montanhas altas , mares azuis, céus estrelados
Meu caderno é imenso, é intenso e tudo comporta.
Abre sua porta
Entra nele como num filme encantado.
Uma fábula.
Usa a imaginação, que pra ela sobra espaço
no meu caderno...
Os braços dele são longos, muito podem alcançar,
no intervalo de um abraço
Seus ouvidos adoram músicas e vibram com estórias criativas.
E ele caminha, ele tem pernas, o meu caderno.
Quando está cansado, faz um beiçinho,
Entao o carrego como a uma criança...
Porque ele não me cansa!
Meu amigo e companheiro, de todas as horas.
De horas insone, de horas desperta
De horas e horas sonhando acordada.
Tudo isso ele abriga em suas folhas, com alegria.
Eu e meu caderno: amigos eternos.
E torno a escrever , quando abro suas páginas
Encho de versos, de ilusões, de paixões e de dissabores.
Porque também a decepção ele aceita.
Eu disse, a amizade é verdadeira: alegrias e tristezas compartilhamos.
Eu e meu caderno.







7 comentários:

Tatiana Kielberman disse...

Ah.... o que dizer?

Você já diz TANTO em seus versos!

Maravilha de versos, lindos demais!!

Adoro meus cadernos... eles são grandes companheiros, aceitam tudo mesmo!

Me identifiquei demais...

Beijos, linda! Enorme talento...

Bruna Crespo disse...

Linda, linda mesmo a relação... Você e suas pontes (palavras). Você e seus sentimentos. Você e seus sonhos. Você e suas realidades. Você e suas pessoas. Você e seus abraços. Você e seu caderno... Você e seu espelho.

Desculpa as frases picadas. Às vezes, eu leio assim: fragmentado... rs

Beijos de uma fã! ;)

Brunno Leal disse...

Lindo, Flávia!
Parabens pelo blog!
Beijosss

CONRADO DALL´IGNA disse...

Cada linha deste caderno contém um verso que, se pudesse ganhar vida, seria uma pessoa maravilhosa!

Tal qual a autora das palavras desse poema!

Parabéns Flavíssima!!! Bjos

M. M. Soriano disse...

"O papel em que escrevo levita - essa é a cena que vislumbro."

Eu também! (Vislumbro-te assim...)

Levita!
Voa!
Vem!
Vamos atravessar núvens,
beijar céus!

***

Carinhosamente,
aplaudo o poema!

Graciani disse...

Puxa, relendo o poema fiquei aqui pensando quão sensível tu és. Acertastes em escolher a medicina: quer algo mais sentimental do que lidar com pessoas. Só que além de curar usando dos instrumentos da medicina, ainda pode tornar mais leve o peso dos pacientes aplicando o remédio da poesia ;)
Um beijo,
Marcos Graciani
www.twitter.com/marcosgraciani

Dulce Miller disse...

Posso estar enganada, mas senti metáforas várias no teu texto... Acho que a poesia é o berço onde adormece em sono profundo a tal da metáfora, sabe?
E viva a magia, a vida e a poesia. Elementos que não podem viver distantes de nós.
Beijos meus pra ti, guriazinha do meu core!