Versos Que Não Fiz

terça-feira, 19 de outubro de 2010

INTUIÇÃO

Minha inspiração muito vem
Através da intuição

Ela leva minha mão

Leva meus pensamentos
Levita minha alma
E quando retorno
Dessa viagem ao imaginário
Pouso no espaço em branco

Pra enchê-lo de cores

De palavras que muitas vezes são independentes

Se instalam na página
Como se nem me conhecessem

Ficam ali, sorridentes,

Me fazendo acreditar que suas vidas

De mim fazem parte

Da minha mente elas partem
Pra chegar além do alcance da visão
Atrás das montanhas, no fundo dos mares,

Percorrem estradas

Além da linha do horizonte...
Porque meus versos não se fixam
Não ficam parados

Num canto qualquer:

Eles nascem como pássaros
Prontos pra voar

E sem limites pra chegar
Partem à procura de belos olhos

Ávidos por lhes sugar
Em suas curvas viajar
Nas suas entrelinhas se aninhar

Pra como lhes convier interpretar...
Poemas são assim:

Seus significados estão

Nos olhos de quem os vê

No coração de quem os sente
Na mente de quem os imagina

Na pele de quem os palpa

Por isso muito necessitam da minha intuição
Daquele sussurro que vem do meu íntimo

Dos bosques da minha alma
Dos córregos das minhas veias
Da brisa que acaricia meus cabelos

Da flor que abriga meu coração
Da estrada que me leva pela mão.




5 comentários:

Tatiana Kielberman disse...

Sua poesia tem um ritmo dançante, como sempre!!

Adoro tudo o que leio por aqui, querida!

Beijos mil!

Anônimo disse...

Vixe, parece melodia!
Me vi relendo as poesias das aulas de literatura, adorava.

Reviver. Intuir. Construir.

Beijos, ú&e =***

M.M. disse...

Perfeito: a poesia aliada à imagem. Na estrada, meus pensamentos voam soltos e voltam, em forma de inspiração, no vento que acaricia meu rosto!
Beijo

MeninaMisteriosa

CONRADO DALL´IGNA disse...

S E N S A C I O N A L.

Esse vai virar música certo!!!!

Bruna Crespo disse...

Lindo, Flavitcha!!!

Teus poemas abrem mundos para tua alma (e as nossas!) alçarem vôo...



Beijo de alma!!!