
Tem dias em que me sinto assim, sem saber o que sou e onde anda meu pensamento.
Também não sei pra onde estou seguindo, e onde devo chegar.
As idéias fogem, não sabendo o que é sim e o que é não.
O que me era certeza escapa por entre os dedos...
Mas a penumbra passa e volto a enxergar o sol tímido no céu invernal.
Porque por mais escuro que o céu esteja, lá sempre haverão estrelas.
Mesmo não as enxergando, elas existem.
Na nossa caminhada devemos estar prontos pra superar os percalços, transpor barreiras.
Barreiras essas que nos fazem , às vezes, perder as esperanças.
Mas não desisto. Quero muito acreditar nisso. Quero e posso.
A sinuosidade da estrada não a torna intransponível, apenas exige mais cautela.
As incertezas da vida são inevitáveis .... tudo é passível de mudança, a qualquer momento.
O segredo é aprender a se proteger dos possíveis golpes que surgirão, uma hora ou outra.
Manter a mente focada, a fé na beleza da vida ( mesmo que esta esteja escondidinha lá em algum momento que não se sabe quando surgirá ), e seguir adiante nos objetivos.
E sonhar sempre!
Mas sonhar acreditando que tudo é possível, que o sonho pode, num estalar de dedos, transformar-se na mais louca e deliciosa realidade.
Prefiro o incerto, que me acelera o coração e faz os olhos brilharem, ao certo ( ei, pera lá, existe certo e errado
? ), que dá uma sensação de vida pela metade, morna. Aprendi isso, depois de muito quebrar a cara ... depois de deixar de fazer escolhas por medo de errar. Medo de perder o "porto seguro", que, no final das contas, mostrou-se mais incerto que a outra opção que tivera naquele momento.
O nosso porto seguro somos nós mesmos e nossa paz interior. Não está fora de nós.
Portanto, acho que a gente deve sempre arriscar. Quem não arrisca, corre o risco de não viver. De viver pela metade, sobreviver, ser um barquinho ao relento.
Claro que pra isso é preciso ter coragem. E isso a gente aprende com a vida ( assim espero...).
Só quero viver sem a sensação de ter deixado de tentar, de ter sido covarde. Não quero deitar no travesseiro com aquela inquietude que pode acarretar o fato de não ter tentado.
Incerto por incerto, quero mais é viver!
P.S.: sei lá, só um desabafo...