Versos Que Não Fiz

domingo, 26 de junho de 2011

Olhar Azul de Mar


vieste numa nuvem
estraste em minha vida
és miragem
és verdade
és certeza
dúvida
dádiva
divina
...

saudade do teu olhar
intenso azul de mar
ali me afogaria
de tanto amar
sem me sufocar
...

azul verdejante
folhas da minha
árvore salvação
teu olhar...
me perco sem volta
nesse brilho teu
viagem ao fundo de mim
...

filho da lua
amante das estrelas
és como sonho
e em ti me quero acordar...




quinta-feira, 23 de junho de 2011

As Vias do Poema


Em linha reta,
direta ou indireta...
Poesia linear,
geométrica,sintética.
Em curvas,
que mudam o sentido
dos caminhos...
Já se vai
pra onde não ia...
e se volta
pra onde não queria...
Declive acentuado: cuidado!
Verso inverte a direção
do coração...
Queda brusca:
te perde na busca,
quase te ofusca...
Íngreme elevada à frente.
Inspira, expira, suspira
quase pira...
Vai adiante.
O caminho do poema
é surpreendente
Muda, cria, recria de repente
E, no final,
te encontra sorridente
Correndo feliz,
ali, logo em frente...




quarta-feira, 22 de junho de 2011

Poem'origami



Carinho-poesia:
o verso é um origami
de sentimentos
a nos preencher,
afagando,
confortando,
apaziguando...
Dentro e fora de nós
os desassossegos cabem
as incertezas inundam
os dissabores invadem...
Até o origami
lindo alado Pégasus
vir voando
nos salvar

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sintonia é Cura ...


sintonia é quando
meu sorriso
se encaixa
no teu
abraço
quando meu gozo
se encaixa
na tua
loucura
essa sintonia:
nossa cura
te sinto
ternura
me beijas
fervura...
(in)tensa
magia
(ex)tensa
agonia...
imensa
alegria!

sábado, 18 de junho de 2011

(In) Tranquila Paz de (Poe)' amar


Paciência e tranquilidade, por favor, me abracem... ( Flávia Braun )

Ok,abracem-na...mas façam,tão-bem,gostosas cócegas...que um tempero de (im)paciência e (in)tranquilidade dá charme-encanto-vida...( Leonardo Zaqueu )

É verdade... tempero à base de frio na barriga e sonhos na cabeça. ( Flávia Braun)

Friozinho na barriga,uma gestação de si...cabeça existe mesmo é para se rechear com e em sonhos.( Leonardo Zaqueu )

E sonhos existem pra que saibamos viver acordados em paz. Gestando alegrias, amores....mesmo que no percalço surjam dores...( Flávia Braun)

A-cor-dados e grávidos...gostoseamos a lida das inevitáveis dores de amar.( Leonardo Zaqueu )

Dores de amores são como flores que logo voltam a colo-rir ... ( Flávia Braun )

Colo-rir,colo-chorar,colo-almar...ser-colo...às vezes de perto,às vezes de longe...às vezes de corpo,às vezes de poesia. ( Leonardo Zaqueu )

Poesia acarinha, é como um afago. E o colo, nesses momentos, vem da alma e do coração do poeta: à si mesmo, e aos outros. É troca. (Flávia Braun )

T(r)ocarmo-nos palavras-afetos,sabores-saberes...é religião-vida-arte...beleza é terapia...a(L)mizade. (Leonardo Zaqueu )

Terapia mais bela não conheço... t(r)oquemos melodias conjuntas de verso-pássaro-canção. Essas chegam direto ao coração. ( Flávia Braun )

..............................


Dueto poético que tive o prazer de realizar com o meu novo poet'amigo Leonardo Zaqueu , o @Leozaqueu do twitter ( grande poeta! )

À Espera


te espero
a hora que for
te escuto
mesmo estando longe
teus olhos
iluminam meu caminho
mesmo que na memória
estás junto de mim
aguardando estou
ansiosa
por este depois
que já me encanta
antes de existir...
aqui dentro
já palpita
o coração que pulsa em ti


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sintonia...


menino mistério
homem enigmático
sorriso tão belo
olhar verdadeiro
expressão de paz
que feliz me faz
me deixa entrar
nesse mundo teu
mágico momento
do encontro inaugural
do primeiro abraço
ternura que sinto
e não quero perder
sintonia incidente
que aparece de repente
e não sai da minha mente...

terça-feira, 14 de junho de 2011

O dom da palavra


A palavra, desperta do seu sono,
brinca de emocionar
a quem escreve, a quem lê.
Faz vibrar todos os sentidos
como melodia que encanta
o paladar
Quase é possível palpar...
Palavra é como borboleta
tem asas
vive de liberdade...
Magia da escrita
impressa no olhar
A palavra imagina
o olho de quem a lê
Ela é sábia,
a todos conduz...
Faz voar, transbordar
Levitar.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Meus Eus...



O que essa mulher quer é se entender.
Compreender seus tantos eus.
Em paz.
Um eu vai, um eu volta, várias de mim se enrolam
e tropeçam em meus próprios pés.
Passos descompassados.
Meus pés, minhas pegadas, me deixam pra trás.
Olho, e não estou mais lá...
E eu vivo batendo à minha porta,
tentando me encontrar.
Onde moro
?
Que espaço me contém
?
Em que alma habito?

Entender quem ela é, quem são, quem somos...
Eu sou várias de mim, que nem mesmo conheço...



sábado, 11 de junho de 2011

Hai Kai - Fragmentos





Folhas secas / dançando ao vento / suave lamento




O mar quando suspira / provoca ondas / de versos azuis




Granizo na rua / o meu corpo esfria / teu beijo é cura





Ondas são sopros /que refrescam a alma /do pássaro poeta




quarta-feira, 8 de junho de 2011

Poema Incerto



Vazia tela
Branco papel
Incerta ideia
Enevoado alvo
Sombria noite
Nublado dia
Camuflado verso
Chegou ao inverso
Fugaz poema
Escapa da mão
Faz morada
Na tresloucada
Imaginação

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ebulição


O vento balança
meus cabelos
Sinto teu beijo
em brisa
Levando-me
ao alcançe
dos teus abraços
me enlaça
enfeitiça
me atiça...
me busca
me encontra
me aperta
em teus braços
e de ti
não me quero perder
quero não me achar
me deixar lá
no teu corpo
no teu cheiro
no teu labirinto
nas esquinas
de tuas entranhas
nas janelas
dos teus olhos
ávidos por morrer
de paixão
e, assim, bem se morre
se vive,
ressuscita,
no corpo habita
e, na correnteza
da saliva, se acaba...
se acha
línguas cruzadas
linhas da vida
teias emaranhadas
nos prendemos aqui:
no instante
da mágica sedução
seduzimo-nos
com palavras,
com versos,
com vírgulas,
reticências
nunca ponto final...
seduzimo-nos
com olhos
com bocas
com sorrisos
com suspiros
respiração
ofegante
suplicante
incendiária...
me queimo em ti
acende-se em mim
ebulição...

O Verso Pede Liberdade


o verso pede liberdade
ouço a súplica:
'deixe-me ser
da maneira que sei
faz-me voar
na imaginação
quero assim viver'
palavra quer passagem
nas avenidas do branco papel
quer ser impalpável
quer ser indomável
e ele foge
o verso corre
contra a correnteza
mar de letras-surpresa
ah! regras, malditas regras
aqui nao se encaixam
deixem-no !
ser o que bem entender
ser o que nao se entende
ser o que, dentro, se sente
eis meu verso
eis meu poema
liberdade aclamada e concedida
assim ele se faz
na medida
do sorriso
da criança que o leva
com carinho
pela mão